quarta-feira, 30 de novembro de 2011

4.3-ANALISANDO O PANORAMA DO USO DAS MÍDIAS NAS NOSSAS ESCOLAS


As novas tecnologias ou novas  mídias estão mudando nossas vidas. A forma de  comunicação entre as pessoas, a linguagem escrita e falada de muitos não só no Brasil, mas pelo mundo afora está totalmente modificado devido ao uso massificado das novas mídias. E na área educacional já é uma realidade que os profissionais precisam incorporar no seu dia a dia e se adaptarem de forma crítica e criativa, fazendo uso do que é bom e descartando aquilo que “lixo eletrônico”. O poder que a mídia está surtindo na vida das pessoas é grande, principalmente nos mais jovens e crianças. Quando falamos de novas mídias vem-nos muitas coisas a nossa cabeça como: textos escritos, sonoros, audiovisuais, daí a importância de um novo tipo de alfabetização: a alfabetização com letramento midiáticos, que pode auxiliar os jovens e crianças a ler e escrever de forma autônoma, criativa e crítica, através das diversas possibilidades comunicativas existentes.  A vida contemporânea está sendo construída e definida em grande parte pelos produtos dessas novas mídias. E é um desafio para educação inserir essas novas tecnologias em seu currículo. Todas as mídias podem ser usadas na escola. Um exemplo disso são as imagens que vemos através da TV, dos filmes, das propagandas que estão transformando nossa realidade, dando-lhe novas formas.  A escola, assim como outros segmentos da sociedade não tem mais como escapar da influência decisiva da mídia e deve de alguma forma procurar construir novas identidades individuais, pois já faz parte da vida social de muitas pessoas. E a  escola é um lugar excelente para o desenvolvimento e aplicação das novas mídias porque é um local onde há uma diversidade de culturas, seja de bagagem pessoal ou cultural que nela é ensinada, ou, ainda, a cultura popular, regional, do local onde a escola está situada. A reflexão que fiz sobre o texto “Mídia- Educação no contexto escolar”, de Sílvio da Costa Pereira, foi interessantíssimo, pois como diz o autor “escola, família, grupos sociais e meios de comunicação são compreendidos como importantes espaços educativos e socializadores”. Observando uma aula, realizada no 5º Ano “C”,  com a utilização de novas mídias como: Data Show, computadores/internet e um programa chamado HAGAQUÊ, achei interessante como os professores conduziram a aula. E levando em consideração os seis conceitos citados por Sílvio, que são agência, categoria, tecnologia, linguagem, audiência e representação,  tirei as seguintes conclusões: Na primeira parte da aula em sala, os professores levaram a história da Arte Pop, para conhecimento de todos. Explicaram quando e porque começou, qual foi sua utilização, que materiais de início foram usados, que ligação teve esse movimento com o sistema político vigente na época e sua influência. Na segunda parte os professores ampliaram a Arte Por misturando com Literatura de Cordel através de conteúdo explicativo em slides com imagens para serem mostrado através do Data Show. Fizeram uma relação entre a Literatura de Cordel e a xilogravura, experimentando algumas adaptações com a Arte Pop. Levaram os alunos ao Laboratório de Informática para livremente pesquisarem sobre o assunto na internet. Logo depois cada aluno realizou uma produção individual com estética de obra  pop que se identificassem mais. Depois de breves comentários da aula anterior, apresentaram imagens contextualizadas, de maneira a dar enfoque nos temas: Pop Arte e Literatura de Cordel com ênfase à técnica de xilogravura. E por último foi proposto uma produção em dupla de história em quadrinhos usando o programa HAGAQUÊ para criação de história em quadrinhos relacionada ao tema.  De volta à sala de aula houve uma roda de conversa para que cada aluno falasse da aula no laboratório, o que eles acharam? O que eles aprenderam? Qual a diferença desta aula para as outras do dia a dia? E foi proposto uma atividade de pintura sobre Pop Arte e Cordel que foi exposto nos murais do corredor da escola. Concluíram que os alunos demonstraram seu desenvolvimento na aprendizagem usando as tecnologias como forma de construir seu conhecimento através da criação ou produção de histórias em quadrinhos e com a pintura e depoimentos escritos sobre Pop Arte. De volta pensando no desenvolvimento dos seis conceitos,  posso dizer que quanto a agência: a equipe levou uma parte do conteúdo pronto e outra parte foi desenvolvida pelos alunos através da construção de histórias em quadrinhos com o programa Hagaquê. Na categoria: notei uma preocupação em refletir a cerca do conteúdo estudado e um certo conhecimento prévio, quando foi mostrado o logotipo da Coca-Cola que já faz do universo deles. Quanto ao uso das tecnologias eles já tinham um conhecimento prévio, pois já utilizam no seu dia a dia da escola e muitos já tem acesso a internet em casa. A Linguagem foi muito boa, pois puderam se expressar através da pintura com suas características pessoais. Quando a audiência, assimilaram muito bem o conteúdo com o apoio das mídias utilizadas como: Computadores/internet,  programa Hagaquê, Data Show, o que levou-os a acharem a aula bastante atrativa. E pra finalizar, quanto a Representação: Os alunos entenderam que a Arte Pop começou como forma de expressar o sentimento vivido na época da ditadura militar através da pintura. Como não podiam falar, usavam a arte para expressar os sentimentos de repulsa quanto ao regime vigente na época, como forma de chamar atenção de todos e poder falar mesmo que de forma camuflada.

 

ATIVIDADE4.2_REPOSITÓRIOS EDUCACIONAIS DE MATERIAL DE MULTIMÍDIA

No Portal do Professor do Ministério da Educação visitei os repositórios de conteúdos educacionais multimídias: Domínio Público e TV Escola. E um vídeo com título “Apenas diferentes”, referentes à Educação Especial: Deficiência Física, me chamou bastante atenção. Trata-se de um vídeo depoimento com cunho informativo contendo depoimentos de pessoas com deficiências físicas e também informações importantes quanto à vida dos deficientes, que abriu bastante meus olhos quanto ao modo de ver a pessoa com deficiência física. Relatos de pessoas de variadas áreas de conhecimento como: arquitetos, psicólogos, médicos, psiquiatras falaram da pessoa com deficiência no dia a dia e os preconceitos que sofrem no convívio em sociedade. A ausência do poder público, quanto a políticas públicas que beneficie o deficiente,  a falta de acessibilidade nos órgãos públicos, prédios, ruas, dentre outros e  o preconceito ainda são grandes. Segundo depoimento de uma jovem ela leva uma vida normal e a cadeira de rodas é um prolongamento, uma extensão de seu corpo. Com a cadeira ela consegue se locomover com facilidade e fazer inúmeras atividades sem problemas. A cadeira de rodas não a impede de sentir emoções, sensações, de namorar e de trabalhar. Para essa jovem a Declaração dos Direitos das Pessoas  Deficientes, assinada pela ONU em 1975, que diz “Deficiente é toda pessoa incapaz de exercer uma vida autônoma, independente”, está ultrapassada, pois ela tem uma vida normal e agitada.” O vídeo também fala que as pessoas confundem muito deficiência física com deficiência mental. E que nem sempre um deficiente físico é um deficiente mental. E é interessante as pessoas saberem disso. Ainda lembrou de alguns tipos de deficiências  físicas: Hemiplégico: quando um lado do corpo não se movimenta; Paraplégico: quando as pernas não se movimentam e Tetraplégico quando do pescoço pra baixo, o corpo não se movimenta. Lembra também que algumas pessoas já nascem com deficiência física, devido a problemas congênitos ou doenças e outras adquirem através de acidentes de trânsito, violência urbana e outras formas. Gostei muito desse vídeo e analisando-o ele pode ser trabalhado com crianças de 4º e 5ºs anos do Ensino Fundamental e com o Ensino Médio com o intuito de conscientizar crianças e jovens  sobre a importância da inclusão da pessoa com deficiência nas escolas de todo Brasil e diminuir o preconceito para com eles.

ATIVIDADE4.1_CONHECENDO OBJETOS MULTIMÍDIA

Os vídeos selecionados são realmente incríveis e bem elaborados. Trata-se de vídeos com imagens, objetos, cores, pessoas, animais e figuras geométricas em movimentos interagindo com sons musicais de forma harmônica e evolutiva, tudo filmado e editado em um mesmo vídeo, passando aos expectadores inúmeras sensações e sentimentos como: alegria, tristeza, espanto, admiração, dentre outros. Esses trabalhos só foram possíveis graças ao avanço das tecnologias digitais aliados a excelentes programas de computadores e a uma boa técnica e criatividade de seus autores/criadores. Nos últimos 10 anos o uso de computadores e várias outras mídias está bastante comum e em alta. Vemos aí exemplos de filmes de desenho animado ou de animação como são chamados pelos técnicos da área, a TV digital interagindo com o telespectador ao vivo, filmes com efeitos especiais, músicas com batidas eletrônicas,  celulares com recursos tecnológicos altíssimos com acesso a internet e tudo mais, enfim, tudo contribuindo para que as distâncias se encurtem, os trabalhos sejam resumidos e criados com mais rapidez e agilidade e a satisfação das pessoas que fazem uso dessas novas tecnologias. Esses recursos também podem e já estão sendo utilizados na área educacional como meio de diversificar as aulas e deixa-lás mais interessantes, atrativas, dinâmicas levando os alunos a serem c produtores de seu próprio conhecimento a partir desses recursos tecnológicos.